A diva da música moçambicana Lizha James esteve a participar do quadro “O paredão” do Moçambique em Concerto deste Domingo em que abordou sobre o poder que a mídia exerce na cultura moçambicana, principalmente na música. Lizha deu a entender que a mesma mídia que outrora exercera um papel preponderante para que a música moçambicana fosse escutada a 90%, é a mesma que também de forma estuante apagou-a. Ainda nesta senda, tal a cantora justificou que aconteceu quando as rádios e as televisões, por exemplo, começaram a dar primazia às músicas internacionais.
“A mídia é a chave importante tem que parar de atacar os músicos, tem que parar de levantar somente as coisas negativas, e achar que isso é que traz a mídia. Traz mídia para aquele momento, mas está destruir uma geração cultural muito grande, está destruir. Temos a Tamyris que esteve aqui agora a actuar, a nova geração: Tamyris, Yadah Angel, eles tem que vir, tem que encontrar uma mídia que lhes alavanca.
A música até pode ser uma música assim, mas se a mídia começa a apimentar que a Tamyris ela é... brilha como diamante, tu que estás a assistir-me agora vais olhar para a Tamyris mesmo como um diamante. Agora, se começam a dizer aquela mensagem da Tamyris é péssima, começam a falar negativo, a pessoa que está assistir vai olhar para aquela música como nada...
Então, a palavra, o poder da palavra, a palavra é que nos constrói e nos destrói. Então, mídia deve ser melhorada.
A mídia deve e tem um papel muito fundamental. Começamos por isso, sabes porque eu falo disso? Porque foi através da mídia que naquela altura [em que a Bang Entretenimento estáva no apogeu] a música moçambicana estáva a 90 por cento a ser ouvida pelos moçambicanos. O que trouxe e apagou foi a mídia... Rádios começaram a passar mais músicas internacionais, dos outros países.
Eu não digo que não devem, mas o valor é moçambicano. O made in Moçambique tem que voltar e tem que ser forte”, disse a cantora.
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