Obra arrasta-se há mais de 10 anos e termina em protesto: “Trabalhámos e fomos abandonados”
Um protesto inusitado, mas carregado de frustração, chocou os moradores da cidade de Maxixe, na provÃncia de Inhambane. Um grupo de trabalhadores destruiu parte da estrada Guano – Xicadjuanine, em construção há mais de uma década, alegando falta de pagamento por parte do empreiteiro responsável pela obra.
Estrada inacabada e salários em atraso
O troço de 2,5 km deveria ter sido concluÃdo com pavês, mas a obra foi abruptamente abandonada quando restavam apenas 120 metros para terminar. Segundo os trabalhadores, além da paralisação da obra, nenhum dos salários acordados foi pago.
MunicÃpio lava as mãos?
Cansados de esperar, os trabalhadores procuraram o MunicÃpio da Maxixe, que afirmou já ter feito o pagamento ao empreiteiro e que não tem qualquer vÃnculo direto com os trabalhadores. Sentindo-se enganados e desamparados, os jovens decidiram agir: removeram os pavês colocados, interrompendo completamente a circulação de viaturas no local.
Pressão que surtiu efeito?
Após a destruição parcial da estrada, representantes do MunicÃpio deslocaram-se ao local e, pressionados, pediram mais tempo para resolver a situação. No entanto, os trabalhadores afirmam que já ouviram promessas antes — e que desta vez só recuarão com uma solução concreta.
Indignação e desgaste social
O caso lança luz sobre a gestão duvidosa de obras públicas, os direitos dos trabalhadores precarizados e a impunidade com que muitos empreiteiros operam. Enquanto isso, a população da Maxixe continua a lidar com infraestruturas paralisadas e serviços negligenciados, num ciclo de promessas não cumpridas e revoltas silenciosas que, à s vezes, explodem — literalmente — no asfalto.
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