Após um longo perÃodo de ausência, especialmente durante as manifestações que abalaram várias cidades do paÃs, a PolÃcia de Trânsito de Moçambique está oficialmente de volta. Já é possÃvel observar a presença dos agentes em diversos pontos estratégicos da cidade e da provÃncia de Maputo, realizando operações de fiscalização e controlo de circulação rodoviária.
Durante os protestos recentes, que mobilizaram milhares de cidadãos exigindo melhores condições de vida e mais justiça social, a força de trânsito desapareceu completamente do espaço público, o que levantou diversas interrogações. Para muitos, a ausência foi estratégica, uma forma de evitar confrontos diretos e possÃveis tensões adicionais. Para outros, foi simplesmente mais uma evidência do recuo do Estado diante da pressão popular.
Agora, com a situação aparentemente mais calma, os agentes voltam a ocupar as estradas. O regresso tem gerado reações mistas por parte da população. Enquanto alguns encaram a retomada como necessária para restaurar a ordem nas estradas — marcadas por nÃveis elevados de acidentes, excesso de velocidade e condutores sem habilitação —, outros veem com desconfiança e até apreensão.
A verdade é que a PolÃcia de Trânsito em Moçambique tem uma imagem desgastada junto à população. São frequentes as denúncias de extorsões, má conduta, corrupção e abuso de autoridade. Isso faz com que o regresso dos agentes gere mais dúvidas do que alÃvio.
Num contexto social e económico ainda tenso, onde os cidadãos exigem mais ética, transparência e responsabilidade por parte das instituições públicas, a forma como esta nova fase da fiscalização será conduzida poderá definir o futuro da relação entre os condutores e as autoridades de trânsito.
Será este um regresso focado na disciplina rodoviária ou apenas mais um capÃtulo de controlo autoritário e arrecadação de receitas via multas?
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