Cantor sul-africano reconhece falha, culpa compromissos na África do Sul e tenta reparar estrago com gesto simbólico
Maputo, 2 de Junho de 2025 – Após a enorme repercussão negativa pela ausência no evento Lizha Só Festas, o cantor sul-africano Scotts Maphuma veio a público nesta segunda-feira pedir desculpas ao povo moçambicano e à organização liderada por Lizha James.
Pedido de desculpas público: “Lamento profundamente”
Durante uma conferência de imprensa realizada em Maputo, Maphuma tentou esclarecer os motivos da sua ausência no espetáculo que aconteceu no último fim de semana na Matola.
“Foi uma situação fora do meu controlo. Tive compromissos profissionais na África do Sul que atrasaram a minha saída. Perdi o voo e não consegui cumprir o horário. Lamento profundamente e peço desculpas a todos os moçambicanos que esperavam por mim”, disse o cantor visivelmente constrangido.
Artista anuncia devolução do cachê como gesto de respeito
Em um gesto considerado raro no meio artístico, Maphuma anunciou que irá devolver integralmente o valor do cachê recebido pela sua participação contratada no evento.
“É a forma que encontrei de mostrar respeito ao público, à produção do evento e à cultura moçambicana”, afirmou.
A decisão surge após o artista ter sido interpelado pela polícia e obrigado a prestar esclarecimentos sobre o incumprimento contratual, que prejudicou a programação do festival e gerou revolta generalizada entre os fãs.
Reação do público: será suficiente?
Nas redes sociais, a reação ao pedido de desculpas foi mista. Enquanto alguns fãs elogiaram o gesto de humildade e a devolução do cachê, outros consideraram que a atitude veio tarde demais, após o desgaste da imagem do evento e da confiança do público.
“Bonito pedir desculpas, mas o show não volta. As crianças já choraram”, comentou uma usuária no Facebook.
Organização ainda não se pronunciou sobre a retratação
Até o momento, a produção da Lizha Só Festas e a própria Lizha James não se pronunciaram oficialmente sobre o pedido de desculpas nem sobre o reembolso prometido. Fontes próximas da organização indicam que a confiança ficou abalada e que haverá mudanças nos critérios de contratação para futuras edições.
Conclusão: gesto simbólico ou tentativa de apagar o incêndio?
Embora o pedido de desculpas e a devolução do cachê sejam vistos como ações louváveis, o episódio deixa claro que credibilidade se constrói com responsabilidade, não apenas com palavras. O público moçambicano, fiel e exigente, continua à espera de profissionalismo à altura do seu entusiasmo.
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