VENÂNCIO MONDLANE RECEBE NOTIFICAÇÃO DA PGR COM ADVERTÊNCIA DE DETENÇÃO POR EVENTUAL AUSÊNCIA

 O político moçambicano Venâncio Mondlane anunciou, esta terça-feira, ter sido notificado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para se apresentar junto daquela instituição no próximo dia 27 de junho, sexta-feira, às 9h00.

A informação foi divulgada pelo próprio Mondlane através da sua página oficial no Facebook, onde partilhou o teor da convocatória e o tom firme da advertência recebida.

“VM7 notificado para estar na PGR no dia 27 de Junho, sexta-feira, pelas 09:00h, com advertência de ‘DETENÇÃO’ em caso de não se fazer presente!!!”, escreveu o político na rede social.

Embora os detalhes do motivo da notificação não tenham sido publicamente esclarecidos, a comunicação da PGR parece indicar que a presença de Mondlane é considerada obrigatória, sendo prevista a detenção em caso de incumprimento da convocatória.

NOTA

Fica notificado: Venâncio António Bila Mondlane para comparecer na P.G.R. no próximo dia 27 de Junho de 2025, pelas 09:00h, a fim de prestar esclarecimentos judiciais.

Advertência:
Seja o visado advertido que a falta de comparecimento injustificada o fará incorrer no pagamento de multa que varia entre 1 a 5 salários mínimos, e sem prejuízo de vir a ser ordenada a sua detenção, pela força indispensável à realização do ato.

Sob as penas da lei, faltando.

Maputo, 20 de Junho de 2025

(assinatura e carimbo oficial)

Contexto e reações

Venâncio Mondlane tem sido uma das vozes mais críticas do atual governo e das autoridades eleitorais, especialmente na sequência dos protestos pós-eleitorais de 2024, onde esteve na linha da frente das reivindicações por maior transparência e justiça no processo democrático.

Até ao momento, não houve reação oficial por parte da PGR nem esclarecimentos adicionais sobre os fundamentos legais ou os termos do processo que motivaram a convocação.

Nos círculos políticos e na sociedade civil, a notificação gerou já reações diversas, com alguns a verem o ato como parte de um processo normal de justiça, enquanto outros receiam que possa tratar-se de mais uma forma de pressão política sobre o opositor.