Circulam informações de que a vítima seria Carlitos Zandamela, Chefe de Reconhecimento da UIR Sede. O crime levanta sérias preocupações sobre a segurança interna em Moçambique.
Um indivíduo — que se presume ser membro sénior da Polícia da República de Moçambique (PRM) — foi executado a tiros na tarde de ontem , no bairro de Nkobe , município da Matola , em particular que aponta para um ataque premeditado.
Segundo testemunhas, a vítima, que conduziu um veículo de marca Mahindra , cor branca, foi perseguida por um carro de marca Auris, preto e sem matrícula . Ao chegar a uma rua próxima ao terminal de ônibus de Nkobe, três indivíduos armados saíram do veículo perseguidor e dispararam aproximadamente 30 tiros contra o Mahindra, matando o condutor no local.
"Achamos que uma pessoa que vinha no Mahindra foi perseguida pelos atiradores, que conseguiu encurralar o carro aqui. Quando ouvimos vários tiros, até pensamos que era fogo-de-artifício, mas depois vimos muito sangue e a vítima estava estalada", disse uma testemunha.
🕵️♂️ Quem foi vítima?
Nas horas seguintes ao crime, informações não oficiais começaram a circular nas redes sociais , afirmando que o homem abatido seria Carlitos Zandamela , Superintendente Principal da Polícia e Chefe de Reconhecimento da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) Sede — uma das mais unidades estratégicas operacionais da PRM.
Até o momento, as autoridades ainda não confirmaram oficialmente a identidade da vítima , o que tem alimentado especulações e ampliado o clima de tensão e incerteza.
⚠️ Traços de execução
As circunstâncias do ataque — uso de veículo sem matrícula, alto número de disparos, e fuga rápida dos atiradores — indicam uma execução cuidadosamente planejada . O número de tiros também sugere que os autores pretendiam garantir a morte da vítima, não deixando margem para sobrevivência.
🔍Um sinal alarmante para o Estado
Caso se confirme que a vítima é um alto oficial da PRM, o caso adquire uma dimensão ainda mais grave. Não se trata apenas de um assassinato comum, mas de um ataque direto a um quadro sênior da estrutura de segurança do Estado . Isso levanta perguntas urgentes:
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Quem está por trás deste assassinato?
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O crime está ligado a conflitos internos nas forças de defesa?
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Trata-se de retaliação, acerto de contas ou ação do crime organizado?
🛑 Silêncio institucional preocupação
Até à publicação deste artigo, nenhum comunicado oficial foi emitido pela PRM, Ministério do Interior ou Procuradoria-Geral da República . O silêncio institucional alimenta o sentimento de insegurança entre os cidadãos e abre espaço para teorias não verificadas.
Num momento em que Moçambique enfrenta múltiplos desafios de segurança — do terrorismo em Cabo Delgado aos crimes urbanos —, este caso destaca fragilidades dentro das próprias instituições que deveriam garantir ordem e proteção .
📌 Conclusão
O assassinato do presumível Superintendente da PRM em plena luz do dia, numa zona urbana movimentada, não pode ser tratado como mais um caso isolado. É um alerta grave sobre a vulnerabilidade das estruturas do Estado, a ousadia do crime organizado e a necessidade urgente de reformas profundas no setor da segurança interna .
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