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PARRUQUE AFIRMA: "OS MOÇAMBICANOS ESTÃO A CONSTRUIR AS SUAS PRÓPRIAS CASAS, JÁ NÃO HÁ CASAS DE CANIÇO NA MATOLA"



 O presidente do Conselho Municipal da Matola, Júlio Parruque, destacou esta semana o que considera serem os maiores ganhos da independência nacional na cidade que dirige. Falando no âmbito das celebrações dos 50 anos da independência, Parruque apontou avanços na educação, infraestrutura rodoviária e habitação como marcas do progresso local.

O edil frisou que, ao contrário do que acontecia antes de 1975, a cidade da Matola passou de uma única escola secundária para mais de 20 unidades de ensino, ampliando significativamente o acesso à educação.

Outro ponto elogiado foi o desenvolvimento da rede viária, que, segundo Parruque, permitiu interligar bairros antes isolados e garantiu maior mobilidade à população.

Mas foi no domínio habitacional que as suas palavras mais chamaram a atenção. Parruque afirmou que os munícipes estão a construir casas próprias em alvenaria, assegurando que “na Matola já não existem casas de caniço” — um sinal, na sua ótica, de melhoria das condições de vida.

Declaração que suscita debate

As declarações do edil não passaram despercebidas e já motivam debate nas redes sociais e entre analistas. Muitos questionam se a realidade no terreno corresponde, de facto, ao retrato otimista pintado por Parruque. Embora seja inegável que houve avanços em algumas áreas, continuam visíveis na Matola bairros com habitações precárias e sérias carências em saneamento, saúde e urbanização.

Para alguns observadores, o discurso do presidente municipal parece ignorar as dificuldades reais que grande parte da população enfrenta no seu dia a dia, incluindo a falta de acesso a habitação condigna para os mais pobres. Outros sublinham que progresso não se mede apenas em número de escolas ou estradas, mas na qualidade dos serviços e na inclusão social.

Em plena celebração do cinquentenário da independência, as palavras de Parruque expõem o fosso entre a retórica oficial e as expectativas dos cidadãos, que continuam a clamar por soluções concretas para os seus problemas estruturais.

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