O advogado Abdul Nurdin, mandatário judicial da vítima num processo criminal em curso contra o cidadão Guyzelh Ramos, confirmou a existência de um mandado de captura emitido pelas autoridades moçambicanas. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, através de um comunicado público, em resposta ao aumento da pressão mediática e às tentativas persistentes de contacto por parte de diversos órgãos de comunicação social.
De acordo com o documento, o mandado foi emitido no âmbito de um processo relacionado com acusações graves de violação de direitos fundamentais da vítima, num caso que já se tornou de conhecimento público. A medida visa garantir a comparência do arguido perante os tribunais competentes, sublinhando-se que não existe qualquer condenação prévia no processo em curso.
Apelo ao respeito pela privacidade
No comunicado, o advogado reforça que a divulgação da existência do mandado não visa gerar juízos de valor, nem interferir no trabalho das autoridades judiciárias. O principal objectivo, segundo Nurdin, é proteger a integridade física, emocional e social da vítima e da sua família, que alegadamente têm sido alvo de abordagens invasivas e não autorizadas por parte da imprensa.
Abdul Nurdin pediu à comunicação social que atue com responsabilidade ética e legal, especialmente em casos que envolvam vítimas de crimes graves. Reiterou que as informações processuais devem ser tratadas no foro judicial e não nos meios públicos, sublinhando que a vítima não prestará novas declarações neste momento, por forma a evitar mais exposição e sofrimento.
Confiança no sistema judicial
O advogado finalizou a nota declarando confiança na justiça moçambicana e expressando a expectativa de que o processo decorra com respeito pleno pelos direitos de todas as partes envolvidas. Sublinhou que o caso continua sob a alçada do poder judicial competente e que qualquer evolução relevante será comunicada nos termos legais adequados.
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